Milão, a capital da moda!

Decidimos conhecer Milão, a tão famosa capital da moda europeia, não porque estivesse em primeiro lugar nos nossos planos de viagens, mas mais porque podíamos aproveitar a nossa ida a Veneza, passando primeiro então por Milão e seguindo depois de comboio para o destino final.

Eu, Luís, já tinha estado em Milão em 2013 e na altura fiquei com a ideia de uma cidade muito cosmopolita e consumista mas, comparando com outras cidades italianas, com muito menos motivos de interesse. Então, como a Ana não conhecia, voámos directo para lá.

Chegámos ao final da manhã, pelo que teríamos o resto do dia para aproveitar e conhecer a cidade, o que não sendo propriamente muito tempo, se veio a revelar suficiente pelo menos para o essencial. Claro que não visitámos museus, nem conhecemos a fundo a cidade, mas ficamos uma perspectiva do ambiente que se vive em Milão. Como fomos num Domingo deu também para termos uma ideia de como os seus habitantes vivem a cidade nos seus momentos de lazer.

Para chegar do aeroporto até ao centro da cidade, onde iríamos ficar alojados, decidimos seguir de comboio até à bela Estação Milano Centrale. A estação de comboios, a segunda maior de Itália, é ela própria um monumentos emblemáticos da cidade, pelo se não for o caso de viajar de comboio como nós, vale a pena a sua visita.

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Da estação central é possível fazer ligação com outros meios de transporte, sendo que o melhor foi mesmo prosseguirmos de metro até perto do nosso hotel, o hotel Canadá, que fica a cerca de 600m/700m da Duomo, O hotel, é acolhedor e perto o suficiente para explorar o centro da cidade.

Foi a partir daqui que iniciámos o nosso passeio pela cidade. Encontrámos, como seria de esperar, a Praça da Duomo completamente cheia! Ficamos claramente com a ideia de que esta zona entre a Duomo e o Sforza é, não só a preferida dos turistas, mas também o preferida dos Milaneses para os seus passeios em família e aproveitar o seu tempo livre.

Para começar e porque queríamos conhecer a famosa Catedral de Milão, tivemos de enfrentar a fila da bilheteira. Este é um aspecto que muitas vezes descuramos, sei lá bem porquê, mas que é muito importante: se comprarmos antecipadamente as entradas nos monumentos que queremos visitar, iremos aproveitar melhor o tempo em viagem e não em filas! Escolhemos o bilhete que dava acesso também ao topo da Duomo (16€) para podermos ter uma visão abrangente do resto da cidade, mas se quiser apenas conhecer o seu interior o bilhete custa 3€ apenas.

É impossível falar de Milão sem falar da sua Catedral. O monumento tem uma enorme importância na cidade, sendo uma das mais famosas e complexas construções em estilo gótico da Europa. A sua construção teve inicio em 1386 no lugar da Basílica de Santa Maria Maggiore. Foi uma obra que atraiu artesão, arquitectos e artistas de toda a Europa até 1813, data em que finalmente ficou concluída. É a terceira maior catedral do mundo sendo apenas ultrapassada pela Basílica de São Pedro e pela Catedral de Sevilha.

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Assim que entramos sentimo-nos incrivelmente, “pequenos” tendo em conta a dimensão, e principalmente, a beleza desta magnífica obra de arte, totalmente construída em mármore branco. As suas medidas impressionam: 45 metros de altura , 56,70 metros de largura e 148,5 metros de comprimento. Depois de visitar o seu interior, voltamos a sair da Catedral para aceder ao topo através de um pequeno elevador. A vista do topo da Catedral é magnífica e poder apreciar de perto os seus pináculos é uma excelente experiência. Conseguimos ter uma visão completa a cidade para 3 dos 4 lados Catedral mas pessoalmente, a que consideramos mais bonita foi a vista sobre a praça e as galerias Vittorio Emanuele. A visita à Catedral é sem dúvida obrigatória!

Após a visita da catedral foi a vez das Galerias Vittorio Emanuele, logo ali ao lado. Além da sua beleza arquitectónica, as galerias são consideradas uma das principais zonas das compras de luxo, abrigando lojas de marcas famosas, assim como cafés, restaurantes e livrarias históricas, que ali marcam presença desde a sua construção no final do século XIX. Foi pensada como um corredor coberto e chique que ligasse as praças Duomo e Scala e que serviria de zona de passeio para a burguesia da época antes dos espectáculos no Teatro alla Scala.

Seguimos depois para o Castelo Sforza. Este Castelo tem origem no Século XIV quando em Milão reinava a família Visconti. Depois de acontecimentos alternados, entre eles uma destruição, o castelo foi ampliado e assumiu a forma actual durante os últimos 20 anos do século 16, quando Milão era já um ducado e governado por Ludovico il Moro (membro da família Sforza, de onde o castelo herda o seu nome). Este momento alberga museus e bibliotecas sendo um verdadeiro museu dentro de um Museu! Não tivemos, infelizmente, oportunidade de visitar nenhum deles pois a nossa visita foi já ao final da tarde, mas não deixámos de fora os seus belos jardins, o maior parque da cidade, o Parque Sempione, antigo bosque de caça da família ducal nos tempos áureos do castelo, e onde estava instalado um pequeno parque de diversões cheio de gente que passeava por ali na tarde de um belo Domingo de Inverno.

Para terminar a tarde de visita a Milão parámos numa das esplanadas da famosa Via Dante para descansar e beber um “capuccino”. É comum aqui ver no final da tarde as pessoas a beber um café ou outra qualquer bebida, outras a preparar-se para jantar, outros apenas entre amigos… Se os Italianos têm algo é esta forma de conviver que de certa forma nos fascina! A vida, e estes locais, são para ser desfrutados sem grandes regras nem horários…só mesmo a desfrutar!

Para jantar escolhemos um pequeno restaurante no bairro Brera, antigo bairro de artistas e casas de prostituição até aos anos 50, hoje transformado num bairro chique cheio de bares, restaurantes, lojas e galerias de arte.

No dia seguinte, o nosso destino era Veneza, onde continuaríamos a nossa viagem…

Nota: Viagem realizada em Fevereiro de 2017

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