Santiago, a ilha mais Africana de Cabo Verde

Não dedicámos muito tempo da nossa visita à cidade da Praia, pois, infelizmente, não tínhamos muito tempo na ilha. Terá de ficar para outra altura. Mas prometemos que voltaríamos.

A nossa visita a esta ilha foi quase por acaso, uma vez que aproveitámos uma escala aérea (prolongando-a por 1 dia inteiro) e alugando um carro percorremos e visitámos o principal do que pretendíamos ver.

A cidade da Praia é claramente a cidade mais Africana de Cabo Verde, uma vez que se nota a desorganização, cheiros e costumes tão característicos de África. Para terem a noção, em mais nenhuma ilha se vêem vendedores de rua de uma forma massiva como aqui. Sentimos ainda que há muita gente oriunda do continente que, de certa forma, fazem com que a ilha se adapte também aos seus hábitos e costumes. A curtíssima passagem que fizemos pela capital do País não fez com que ficássemos com muitas saudades… Mas a ilha… Para mim Santiago é a ilha mais bonita de Cabo Verde! A Ana gostou mais de São Vicente principalmente pelo romantismo do Mindelo.

Após a breve passagem pela cidade da Praia seguimos então pelo interior da ilha. Tal como as restantes (excluindo o Sal e a Boa Vista) é bastante montanhosa mas extraordinariamente verde e repleta de paisagens lindíssimas.

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Ao longo do percurso até Ribeira da Prata fomos parando aqui e ali para admirar as paisagens e os pequenos vilarejos do interior da ilha. Ao chegarmos conseguimos ter a primeira perspectiva do Tarrafal, assim como de Chão Bom.

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Após este percurso parámos junto à praia para almoçar. Existe um pequeno restaurante mesmo em cima da praia e com uma vista fantástica sobre a baía e foi este que escolhemos. A praia é magnifica…

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Tal como todas as pequenas povoações de Cabo Verde, o Tarrafal é povoado essencialmente por pescadores.

Seguimos para a prisão do Tarrafal esperando que após a visita pudéssemos tentar compreender o que faz um líder de um País castigar adversários políticos desta forma. Tivemos muita dificuldade em encontrar o local pois não está minimamente sinalizado. Quando chegámos encontrámos umas mulheres à entrada que nos cobraram cerca de 100 Escudos (aproximadamente 1€) para aceder ao espaço.

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O local está praticamente abandonado. Tem umas salas com exposições sobre a história do Tarrafal e algumas personalidades que ali estiveram presas, mas no geral está muito mal tratado. Sentimos a carga emocional e custa muito perceber que a degradação a que está sujeito não honra o sofrimento dos que tiveram a infelicidade de conhecer este espaço pelas piores razões…

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Após a visita , tão carregada de simbolismo, lá seguimos, desta vez pela parte norte da ilha, de regresso á cidade da Praia. Mais uma vez as paisagens e beleza da ilha não nos desiludiram.

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O percurso terminou no Aeroporto onde seguimos num voo para a Ilha do Sal.

Captura de tela-cópia

Nota: Viagem realizada em Novembro de 2015

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