Nairobi, a capital da África Oriental

Adoramos África! Mesmo antes de lá termos estado alguma vez já tínhamos fascínio pelo continente africano. De cada vez que planeamos mais uma viagem para África as emoções e a ansiedade aumentam.

Iniciámos a nossa viagem no Quénia pela sua capital Nairobi, principal porta de entrada no país. Mesmo não sendo propriamente o destino mais turístico do mundo, pois quase ninguém vai para o Quénia para visitar a sua capital, não queríamos deixar de o fazer, mesmo que apenas por um dia.

Nairobi, muitas vezes conhecida por ser uma cidade perigosa, é na verdade uma cidade caótica, barulhenta, cheia de gente e com um trânsito absolutamente infernal, mas é também uma das cidades mais ricas do continente africano e por isso também mais desenvolvida do que á partida poderíamos pensar.

Chegámos a Nairobi já durante a noite vindos de Bruxelas e ficámos alojados no Safari Park Hotel, um hotel afastado do centro com jardins enormes recriando um ambiente natural semelhante ao de um lodge, preparando-nos desde logo para o início do nosso safari.

Como estávamos na periferia, e porque queríamos conhecer a cidade no pouco tempo que cá ficávamos, pedimos um táxi para darmos uma volta pela cidade. Convenhamos que os transportes públicos em Nairobi são tudo menos organizados e seguros portanto não tínhamos muito por onde escolher. Ou o táxi ou os “matatus”, sendo que esta opção ficou logo de parte assim que vimos como circulavam e como iam literalmente cheios até ao tecto. Não que a condução dos táxis seja melhor, mas é pelo menos mais confortável.

Apesar do trânsito a cidade até é bastante organizada e limpa, quando comparada com outra cidade em África, ou pelo menos o centro da cidade é, e isso surpreendeu-nos imenso. Nota-se que é uma cidade empresarial e que tem a sua própria vida e dinâmica.

Curiosamente, ou não, não se vê um único ocidental na rua a andar a pé em toda a cidade. Os que vimos deslocam-se exclusivamente de carro. No entanto, nem por isso sentimos grande insegurança, antes pelo contrário. As pessoas estão simplesmente na sua rotina e azáfama diária, e turistas nem vê-los. Na verdade, a cidade não tem grandes motivos de interesse, portanto além de uma volta de carro pelas principais avenidas vendo os edifícios mais importantes e uma paragem aqui e ali, demos um passeio maior apenas no parque mais importante da cidade, o Uhuru Gardens Memorial Park. Não sendo nada de especial não deixa de ser uma “mancha verde” em toda a poluição que a cidade produz e permite-nos uma panorâmica vista sobre o centro da cidade.

Tínhamos muita curiosidade no artesanato Queniano e fomos, por isso, ao centro de artesanato mais importante de Nairobi, o Utumaduni Craft center. O espaço é muito bonito e está devidamente organizado, com peças lindíssimas, mas o preço é totalmente proibitivo. Por isso, deixámos a compra que pretendíamos fazer para outra altura, já que iríamos a 4 dos parques naturais do país e terminaríamos a nossa viagem em Mombaça e pelo caminho haveríamos de encontrar o que queríamos

Um dos locais que estava também nos nossos planos de visita era a Kibera, a maior favela do mundo, com cerca de 2,5 de habitantes. No entanto, devido às fortes chuvas das semanas anteriores, andar pela Kibera ficou impraticável por causa da lama e acabámos por desistir da ideia. Mas não perdemos a oportunidade de, pelo menos, passar ao lado para ter a noção da realidade que lá se vive e da sua dimensão a perder de vista.

Normalmente, quem visita Nairobi é aconselhado a nem sair do hotel para fazer o que fizemos. A prova é, que não vimos um único turista pela cidade.  Nós, no entanto, gostamos de fazê-lo sempre, nem que seja só de passagem, e não perdemos oportunidades de conhecer nem que depois se venha a revelar desinteressante.

Para terminar a nossa estadia em Nairobi, marcámos para essa noite um jantar no Carnivore, um restaurante de rodízio, conhecido pelo seu ambiente e carnes exóticas. Chegados ao restaurante fomos invadidos pelo cheiro a carne grelhada e pela tipicidade do espaço. O serviço é bom embora a carne fique um pouco aquém do esperado. Têm carnes como crocodilo, antílope e avestruz, e molhos bem diferentes para acompanhamento. No entanto, estando nós portugueses  habituados a óptima carne é um restaurante que não surpreende. Vale pelo ambiente e pela experiência.

Daqui partimos no dia seguinte para o nosso safari pelos melhores parques do Quénia. Siga o resto da nossa viagem no nosso próximo post aqui.

Nota: Viagem realizada em Junho de 2014

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